“Império do medo – escravatura, tráfico negreiro, racismo e novas servidões”, é o nome da exposição que pode ser visitada até 17 de Novembro, de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h, na sala de exposições da Biblioteca Municipal de Alcácer do Sal.
Esta exposição, com curadoria de Ana Maria Calçada, é construída sobre dois pilares. O primeiro lança um olhar sobre o tráfico negreiro e a escravatura transatlântica, quando já passou mais de século e meio sobre a abolição da escravatura em Portugal; procurando o lugar da memória e conhecimento sobre a sua violência e circunstâncias inerentes, mas também a luta das vítimas e de todos quantos se lhe opuseram.
O racismo estrutural, visível nas geografias que beneficiaram da escravatura e que foram, ou não, potências coloniais, bem como a segregação e discriminação que ainda hoje se fazem sentir e que importa serem apontadas e combatidas.
O segundo pilar é construído em torno dos contemporâneos modos de servidão e de racismo.
Estimam-se em doze milhões e meio (12,5 milhões) os africanos capturados, agrilhoados e forçados a partir para o continente americano e europeu, ao longo de várias centenas de anos.
A reflexão itinerante e urgente que “Império do Medo” propõe, traduz-se em registos históricos para que a memória não se apague e visa o restabelecimento dos factos nas interpretações da história e a necessária análise do momento presente, através dos seus paradigmas e paradoxos.
A exposição itinerante é comissariada por Alfredo Caldeira, Fátima Sá, Isabel do Carmo, Patrícia Alves, Paula Cabeçadas e Raquel Santos.
A curadoria está a cargo de Ana Maria Calçada.
Até dia 17 de Novembro na Biblioteca Municipal de Alcácer do Sal.