“esse silêncio que determina o almoço”: Um Mergulho Emocionante na Complexidade das Relações Familiares no Montijo

A Companhia Mascarenhas-Martins, estrutura financiada pela República Portuguesa — Cultura / Direção-Geral das Artes, Câmara Municipal do Montijo e Junta de Freguesia da União de Freguesias do Montijo e Afonsoeiro, prepara-se para estrear a sua mais recente criação para teatro, “esse silêncio que determina o almoço”, no próximo dia 18 de Outubro, na Casa da Música Jorge Peixinho, em Montijo. Esta peça, escrita e encenada por Miguel Branco, é um monólogo autobiográfico que nos convida a mergulhar no mar da infância e da adolescência conturbada do seu irmão, explorando a complexa relação deste com a mãe.

Uma Jornada Íntima e Reveladora

“esse silêncio que determina o almoço” é o resultado de um processo de escrita e investigação de seis meses, entre junho e dezembro de 2023, durante o qual Miguel Branco teve a oportunidade de realizar uma série de residências artísticas que lhe permitiram amadurecer o objeto. As primeiras páginas deste texto foram escritas no final de 2021, tendo como base um arquivo fotográfico familiar e entrevistas aos membros da família envolvidos.

Explorando a Complexidade das Relações Familiares

A sinopse da peça é reveladora: “Aquela vez em que desapareceste no centro comercial porque os pais não te compraram uns sapatos. Aquela vez em que nas férias, junto à piscina, deste uma reprimenda à mãe porque ela não estava a tomar conta de mim. Aquela vez em que me atiraste um iogurte. Aquelas vezes, impossíveis de contar, em que gritaste à mãe. Aquelas vezes em que te fechaste no quarto durante dias — se não foram dias, pareceram. De onde é que vens? Que solidão tão estridente é essa? De onde é que isto tudo vem? Este é um espetáculo para uma doença incurável: um dia gostava de resolver o meu irmão, um dia gostava de tirar a dor à minha mãe.”

Uma Estreia Aguardada

Após ter dividido a direção artística do projeto “aqui p’ra dentro” (2021), uma exposição performativa em torno da sua escrita, e ter dirigido a leitura encenada da Mensagem do Dia Mundial do Teatro em 2023, “esse silêncio que determina o almoço” marca a primeira encenação de Miguel Branco. Além disso, o dramaturgo assinou os textos “Até parece” (2019) e “Há dois anos que eu não como pargo” (2020), levados a cena por Levi Martins, e editou “Quatro peças para outras formas de vida” pela editora Urutau, em 2022.

Uma Equipa Talentosa

A peça conta com uma ficha artística e técnica de alto nível, reunindo nomes como João Jacinto na interpretação, André Alves, Luís Madureira e Maria Mascarenhas nas vozes, e Levi Martins no som e apoio dramatúrgico. A equipa de produção é liderada por Levi Martins, Maria Mascarenhas, Tiago Alves de Matos e Maria Julieta Almeida, com a comunicação a cargo de Levi Martins e Miguel Branco.

Reconhecimento e Apoios

“esse silêncio que determina o almoço” foi escrito ao abrigo do programa de Bolsas de Criação Literária da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas 2022, o que permitiu a Miguel Branco ter um processo de escrita e investigação aprofundado. Além disso, a criação contou com o apoio de residências artísticas em espaços como O Espaço do Tempo, o lugar do meio, fAUNA | habitat de criação — Teatro da Didascália e Artistas no Palácio 2023 — Inestética — Associação Cultural de Novas Ideias.

Informações e Bilhetes

A peça “esse silêncio que determina o almoço” estreia no dia 18 de outubro e fica em cena até 3 de novembro, com sessões às sextas-feiras e sábados às 21h30 e aos domingos às 16h30, na Casa da Música Jorge Peixinho, em Montijo.

Os ingressos estão à venda com os seguintes preços:

  • Normal: 10€
  • Residentes no concelho do Montijo: 8€
  • Estudantes, profissionais do espetáculo, desempregados, reformados, seniores (>65), jovens (<25): 6€

Pode fazer a sua reserva através do e-mail bilheteira@mascarenhasmartins.pt. Ou pode adquirir o seu bilhete aqui.

“esse silêncio que determina o almoço” promete ser uma experiência teatral única, que nos convida a refletir sobre as complexidades das relações familiares, as dores da infância e da adolescência, e a busca incessante por compreensão e cura. Com uma equipa talentosa e um processo de criação sólido, a peça de Miguel Branco destaca-se como uma das estreias mais aguardadas da temporada na Casa da Música Jorge Peixinho.

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