O Centro de Apoio à Vida “Mãe Sol”, que acolhe jovens mães solteiras, grávidas ou com filhos menores, criado em 2001 âmbito do Projecto de Luta Contra a Pobreza, vai encerrar até 19 de Fevereiro.
Segundo o provedor, a Misericórdia de Sines “não tem condições de continuar a desempenhar estas funções do Estado”, dado que as dificuldades financeiras que a instituição enfrenta não são pontuais mas recorrentes, ano após ano. Desta forma, a decisão foi tomada nos últimos meses de 2023 e será cumprida durante o primeiro trimestre de 2024, tendo sido assegurada a colocação de todos os trabalhadores do centro noutras serviços.
Data de Outubro de 2001 a inauguração deste centro, que tem capacidade para acolher sete mães e sete crianças e que, neste momento, alberga três mães que precisarão de ser colocadas noutro espaço, no curto prazo. A actividade do centro “ Mãe Sol” iniciou-se em Vila Nova de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém, num apartamento cedido pela Administração dos Portos de Sines e do Algarve.
Cerca de quinze anos depois, em 2016, o centro passou a funcionar num edifício desactivado da instituição em Sines. Objecto de obras de reabilitação, no valor de 90 mil euros, passou a disponibilizar quartos individuais e mais divisões.
A área operacional do centro “ Mãe Sol” compreende, preferencialmente a zona sul, nomeadamente os concelhos de Sines, Santiago do Cacém, Alcácer do Sal e Grândola, no litoral alentejano, embora actue a nível distrital, podendo, caso haja vaga, responder a outras solicitações de âmbito nacional.
A sua razão de ser prende-se com a necessidade de proporcionar abrigo e todos os cuidados necessários às jovens mães, vítimas de maus-tratos, abandono, sem alojamento, desempregadas e sem apoio familiar, bem como proporcionar às utentes todas condições que favoreçam o normal desenvolvimento da gravidez, não esquecendo a aquisição de competências pessoais, maternais, profissionais, escolares e sociais.