“A Nova Ordem” encerra tetralogia operática em Setúbal

A ópera “2030, A Nova Ordem” é o culminar de um projeto audacioso da Associação Setúbal Voz, que se propõe a refletir sobre a evolução política e social de Portugal ao longo dos últimos dois séculos. Este espetáculo, que faz parte da “Tetralogia Operática sobre Quatro Constituições Portuguesas”, estreia no dia 8 de novembro no Fórum Municipal Luísa Todi. Com uma narrativa que aborda temas contemporâneos, a obra promete entreter, mas também provocar uma reflexão crítica sobre a realidade política atual.

Contexto Histórico da Tetralogia

A tetralogia é uma série de quatro óperas que explora momentos marcantes da história constitucional portuguesa. Cada peça retrata uma época diferente, refletindo as mudanças sociais e políticas que moldaram o país.

1. “1822 – Mautempo em Portugal”

A primeira parte da série, “1822 – Mautempo em Portugal”, foi criada por Eurico Carrapatoso e Miguel Jesus. Esta ópera aborda o período conturbado da primeira Constituição portuguesa e os desafios enfrentados pela nação.

2. “1911, A Conspiração da Igualdade”

Seguindo esta linha, “1911, A Conspiração da Igualdade” de António Victorino d’Almeida e Francisco Teixeira, retrata a luta pela igualdade e os conflitos sociais que surgiram nesse período.

3. “1976, A Evolução dos Cravos”

A terceira ópera, “1976, A Evolução dos Cravos”, de Vítor Rua, com libreto de Risoleta Pinto Pedro, celebra a Revolução dos Cravos e a transição para a democracia, um marco na história recente de Portugal.

A Nova Ópera: “2030, A Nova Ordem”

A nova obra, “2030, A Nova Ordem”, apresenta um futuro próximo onde o populismo se estabelece como uma força dominante na política nacional. O enredo explora como essas forças utilizam todos os recursos disponíveis para consolidar o poder, alterando a Constituição em benefício próprio. Este tema ressoa fortemente com a atualidade, levantando questões sobre a liberdade e a democracia.

Direção e Produção

O espetáculo é dirigido por Jorge Salgueiro, que também assina a música e o libreto. A produção conta com cenários e figurinos de Maria Madalena, enquanto a coreografia é responsabilidade de Iolanda Rodrigues. Esta combinação de talentos promete uma experiência visual e sonora única.

O elenco de “2030, A Nova Ordem” é composto por artistas renomados da Companhia de Ópera de Setúbal. Entre eles estão Ana Filipa Leitão, Constança Melo e Diogo Oliveira, que interpretam personagens emblemáticos como o Presidente da República e o líder da oposição.

Além do elenco principal, o espetáculo conta com a participação do Coro Setúbal Voz e da Academia de Dança Contemporânea de Setúbal.

Detalhes da Estreia

A estreia de “2030, A Nova Ordem” está marcada para o dia 8 de novembro, às 21h00, no Fórum Luísa Todi, com apresentações adicionais nos dias 9, também às 21h00, e 10, às 17h00. Os bilhetes estão disponíveis por 10 euros e podem ser comprados aqui.

A estreia de “2030, A Nova Ordem” marca um momento significativo na cena cultural de Setúbal. Ao abordar temas contemporâneos através da lente da história constitucional portuguesa, a ópera promete ser um evento memorável que não apenas entreterá, mas também inspirará o público a pensar criticamente sobre o futuro do país.

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