O que têm em comum, um calendário de futebol de há sessenta anos, a foto de uma Primeira Comunhão, um certificado de entrada na Ordem Imperial Constantiniana de São Jorge, um recorte de jornal português da época da Segunda Guerra Mundial ou um cartaz do comício de encerramento da Organização Unitária de Trabalhadores que contou com a presença de Otelo Saraiva de Carvalho, em 1976?
A resposta é simples: todos estes objetos podem ser vistos, apreciados e consultados na Associação Cultural Ephemera, localizada no Barreiro.
Uma criação já longa no tempo, de José Pacheco Pereira, historiador, que em 2009 designou o arquivo de Ephemera e cuja natureza será caso único no mundo.
Um espólio vasto, em constante crescimento, que vive de doações, ofertas e heranças de todos quantos queiram alimentar o arquivo que é uma biblioteca e uma biblioteca que é um arquivo.
As doações procedem de cidadãos anónimos, figuras públicas e de todo o género de entidades que recorrem a diversos pontos de recolha espalhados pelo país e estrangeiro.
O número de categorias presentes no site é inteiramente correspondente ao que se pode encontrar nos armazéns barreirenses.
São mais de 6 mil metros lineares de estantes e armários que cobrem temáticas tão diversas como eleições nacionais e estrangeiras, pichagens e cartazes políticos e de protesto, menus de restaurantes, autocolantes, atas de reuniões de sindicatos e de associações de estudantes, cartazes turísticos, correspondência pessoal e muito, mas mesmo, muito mais.
É na Rua 48, nº 3, 23 e 25 (Edifícios Guadiana e Douro) Parque Empresarial do Barreiro, que encontra um autêntico mapa, não só virtual mas sobretudo físico da nossa memória colectiva e histórica.
Caso prefira, pode doar matéria na sua posse, em qualquer ponto de recolha, cuja localização encontra no website já referido.
Nas palavras do seu criador, José Pacheco Pereira, “tudo o que entra está salvo”.
Visite este museu vivo, aberto e dinâmico, em constante crescimento e faça parte do desafio de alimentar o gigante!