A Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, na Arrentela, recebe até dia 30 de Agosto a exposição «E se ainda hoje houvesse lápis azul?». Durante mais de 40 anos, nada seria publicado em Portugal sem que passasse primeiro pela censura. O conhecido “lápis azul”, tantas vezes usado noutras cores, abateu-se sobre milhares de livros, sobre a imprensa e sobre qualquer manifestação cultural.
Integrada nas comemorações dos 50 anos da Revolução de Abril, «E se ainda hoje houvesse lápis azul?» propõe-se revelar os segredos e tudo o que a censura da ditadura que vigorou no nosso país, a mais longa da Europa Ocidental, proibia que fosse divulgado nas publicações. É exposição de entrada livre, embora sujeita a marcação prévia. E é também uma visita dialogada em língua gestual portuguesa que tem como contexto «Se… este mês de Janeiro fosse do ano de 1974, ainda não tinha acontecido a Revolução do 25 de Abril… Podíamos visitar esta exposição e falar de liberdade… Como vamos fazer agora? Não! Porquê?»
A Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, é um projeto arquitetónico da autoria do arquiteto Siza Vieira e tem por objetivo promover a arte contemporânea. Em particular a obra do mestre Manuel Cargaleiro, assim como as coleções da Fundação Manuel Cargaleiro, através da realização de exposições temporárias, do desenvolvimento de atividades educativas no âmbito da sua programação e da promoção de parcerias com organismos congéneres.
Numa ótica de serviço público, o Serviço Educativo da Oficina de Artes Manuel Cargaleiro desenvolve a sua atividade tendo em vista uma grande variedade de públicos, aos quais deve procurar responder com atividades e programas adequados às suas necessidades e expectativas.
É neste contexto e integrado nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril que a Oficina de Artes Manuel Cargaleiro recebe, durante o mês de Agosto, entre as 10 e as 16 horas, a exposição dedicada à Censura, vigente durante o Estado Novo.
A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição através do telefone 212 275 785 ou do email arte.se@cm-seixal.pt.