Agora que os dias estão mais curtos e o frio regressa, porque não aproveitar a luz do sol e visitar o castelo e o centro histórico de Palmela? Descendo do Castelo em direção à vila, detenha-se no miradouro para apreciar a paisagem proporcionada pelas serras de S. Luís, Louro e Arrábida, tendo o Rio Sado em fundo a completar este espantoso quadro naturalista.
A localização geográfica do castelo permite compreender porque tinha Palmela uma importância estratégica assinalável; as ligações e possibilidades de comunicação que se estabeleciam com os castelos circundantes das linhas do Tejo e do Sado, por dominar parte do estuário sadino e de ser parte integrante da cordilheira da Arrábida e, por consequência das planícies envolventes que a separam do Tejo.
As muralhas do castelo guardam outras histórias a ser descobertas: a Pousada Histórica de Palmela situada no antigo convento; a Igreja de Santiago, que é classificada como monumento nacional desde 1910; as ruínas da Igreja de Sta. Maria cuja sacristia foi recuperada para albergar o Gabinete de Estudos da Ordem de Santiago.
A revitalização e reabilitação do Castelo, permite a disponibilização de uma ampla oferta e dinâmica cultural, histórica e turística. Prova disto é o Museu Municipal onde se encontram vários espaços de arqueologia, um espaço de transmissões militares e a reserva visitável de escultura de São Tiago. Este espólio constitui um importantíssimo tesouro da estatuária nacional, ao albergar obras de estatuária antiga, dos séculos XV, XVI e XVII – em pedra e madeira, de diferentes oficinas escultóricas.
Pode apreciar diferentes formas de representar S. Tiago, patrono da Ordem Religiosa e Militar sediada no Castelo de Palmela entre os séculos XV e XIX.
Esta coleção é detida pelo Museu Nacional de Arte Antiga, fazendo parte da Coleção Vilhena – este espólio está depositado no Museu Municipal de Palmela e exposto numa sala dos Paços de D. Jorge e no Côro-Alto da Igreja de Santiago.